Na grande final, o clube de
Osasco enfrentou pela segunda vez o atual campeão do Mundial. Esperava-se um
jogo difícil, todos os palpites apontavam para uma decisão no tie-break,
contudo, esqueceram de que, em quadra, estariam cinco campeãs olímpicas. Os
nomes mais aclamados no ginásio foram os de Sheilla, Jaqueline, Thaisa,
Adenizia, Fê Garay, Camila Brait e Fabíola. Essas meninas deram um show de
voleibol, fizeram a diferença no jogo, graças à perfeição na defesa. A vitória
veio por três sets a zero, com parciais arrasadoras de 25-16, 25-14 e 25-17.
O time do Azerbaijão
perdeu para si próprio, entregou 18 pontos ao clube brasileiro por causa de
erros grotescos. No segundo set, o Sollys/Nestlé chegou a impor uma diferença
de sete a um, havendo apenas um momento de “sufoco”, quando o Rabita Baku abriu
dois pontos, no terceiro set. Mas não demorou muito para as brasileiras se
recuperarem e aumentarem a diferença ao seu favor.
Com a vitória, o Sollys/Nestlé,
além de garantir o título inédito para o clube, rompeu o jejum brasileiro de 18
anos sem ganhar o Mundial de clubes. A última vez em que o título foi
conquistado por um time feminino do Brasil foi em 1994, pelo Leite Moça de
Sorocaba. As atuais campeãs vão ter folga e, assim que retornarem, disputarão a
segunda vaga para a decisão do Paulista- a primeira já foi conquistada pelo
novato Vôlei Amil. O clube de Osasco que seria fechado há dois anos, por falta
de incentivo, vive um momento triunfal: conquistou todas as competições
possíveis e desde janeiro não sabe o que é uma derrota.
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| Equipe campeã comemora o título inédito |
Pela disputa
masculina, o time brasileiro Sada Cruzeiro venceu a semifinal em um sufocante
tie-break e encarou o atual campeão - ou melhor, o tricampeão - Trentino pela segunda
vez nessa competição. A equipe italiana mostrou, mais uma vez, o favoritismo e
conquistou o tetra campeonato, o quarto título consecutivo, vencendo o time
mineiro por três sets a zero.
Os jogadores do
Trentino merecem destaque pela indiscutível qualidade técnica. Mesmo com muitos
erros de saque em toda a partida, conseguem contornar as falhas, mostrando
grande habilidade com bloqueios e aproveitamento de rebotes. O tcheco Jan Stokr e o búlgaro Matey Kaziyski são os maiores
pontuadores da equipe italiana na partida - cada um fez 17 pontos. Em certo momento, placar chegou a ficar com 11
pontos de diferença em favor do Trentino. No Sada
Cruzeiro, Wallace de Souza foi o jogador com a maior quantidade de pontos:
encerrou a briga com 12 pontos.
O primeiro e segundo
sets foram vergonhosos. Os brasileiros que vinham se destacando na competição
não jogaram o voleibol visto durante todo o Mundial. As
parciais foram de 25-18 e 25-15, respectivamente. Quando surgiu a reação era tarde demais. A pontuação
do terceiro set seguiu empatada até o final, mas o clube italiano mostrou a que
veio e fechou a última parcial por 29-27. Apesar da segunda colocação, o time
brasileiro pode se sentir campeão: foi seu primeiro Mundial de clube e chegou à
final, perdendo apenas para a hegemonia italiana que persiste há mais de três
anos.
Por Danilo Aguiar e Maria Eduarda Barbosa

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